quarta-feira, 4 de julho de 2018

Como desenvolver o registro de cabeça e ganhar muitos agudos

Cantar em regiões muito agudas pode ser um desafio para quem está começando a se aventurar e cantar músicas mais complexas. Muitas vezes as notas  agudas soam espremidas e acabam sendo muito cansativas, o que gera desconforto no cantor. Descobrir como cantar essa região de maneira saudável e segura é uma das melhores maneiras de cantar com muito mais segurança e conforto.


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Relaxe o corpo e aqueça

Para estar com o corpo relaxado o suficiente para as notas agudas, é muito importante fazer alongamentos e exercícios de relaxamento, que são essenciais para fazer a voz projetar. Confira o post Como turbinar o timbre da voz em 3 passos, que traz algumas dicas de relaxamento.

Depois de preparar o corpo e estar totalmente relaxado, você pode fazer um aquecimento básico com vibração de lábios ou língua. 

Comece pelas suas notas graves equilibrando a voz de peito, sem exagerar no peso, e suba de maneira lenta e gradual, com muita suavidade. 

Na região média, você já pode sentir a voz de cabeça, deixe-a trabalhar. 

Ao chegar à região aguda, relaxe cada vez mais e permita que o músculo seja trabalhado, nem que seja com pouco som e leveza.

Exercite o músculo 

Após o aquecimento, você vai fazer seus exercícios de técnica, mantendo a suavidade ao chegar na região aguda. 

Continue assim, e sempre suavizando a voz de peito, para que aconteça um equilíbrio. 

Pense que a voz deve soar igual do grave ao agudo. 

Nesse primeiro momento, você precisa ter um pouco mais de paciência com as notas agudas, pois o músculo ainda não está acostumado a trabalhar.

Cante seu repertório e, nas notas agudas, continue fazendo-as com suavidade.

Constância

Dia após dia você vai perceber que os agudos aparecem com mais facilidade. Continue assim.

O músculo precisa ser ativado aos poucos e ganhar massa. Você precisa de constância para que os agudos ganhem cada vez mais timbre e potência.

Mas você também precisa de técnica e relaxamento. Trate as suas pregas vocais com bastante carinho e elas vão trazer os resultados que você precisa.

Se você precisa de mais detalhes sobre como cantar melhor e desenvolver sua técnica vocal, confira neste link uma aula exclusiva sobre agudos e drive. Bons estudos! 

Para dúvidas e aulas, contate-me pelo e-mail: ligia_goncalves22@hotmail.com

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Como turbinar o timbre da voz em 3 passos

Se você canta e/ou estuda técnica vocal, hoje traremos dicas valiosíssimas para o seu desenvolvimento como cantor. São exemplos práticos de como desenvolver a propriocepção, ou seja, perceber como o próprio corpo trabalha para assim mandar os comandos certos e conseguir os resultados desejados.

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Quando comecei a estudar canto, não entendia bem como desenvolver os mecanismos necessários para uma voz brilhante e projetada. Eu fazia vários exercícios, achando que era uma pílula mágica para cantar. O tempo passava e nada ou pouco mudava.

O que acontecia era que não conhecia o suficiente meu próprio corpo e como ele poderia trabalhar para mim. Era difícil perceber como tudo funcionava.

Com muita persistência e uma boa orientação, fui descobrindo os caminhos para a voz que desejava, e sentindo tudo fluir. Tive experiências cantando e regendo coral, o que me trouxe bons insights.

1- Alongue-se

O que mais me chamava atenção era a rotina de alongamentos do coral, que fazia toda a diferença na hora de cantar. Eram exercícios aparentemente aleatórios para mim, mas que ativavam cada parte do corpo necessária para o canto.

Exercícios de alongamento do pescoço, ombros, braços, tronco, pernas e pés. Tudo precisava estar no lugar e relaxado. O corpo se tornava uma ferramenta.

Esses exercícios, que você deve ter feito provavelmente numa aula de educação física, tão simples, podem te ajudar e muito na sua busca. Faça-os com carinho e atenção.


 2- Aqueça conscientemente

Os aquecimentos do coral eram todos voltados para a colocação adequada. O que você precisa fazer com a sua voz hoje?

Muitas vezes aqueci minha voz sem muita atenção, com pressa para o que estava por vir, as peças ou músicas que tanto gostava. Isso me trazia muitos problemas.

Acontece que, sem muito objetivo na hora de aquecer, sem dar a atenção devida, não estava preparando de verdade a minha voz. No meu caso, o canto lírico, a atenção era voltada para a colocação. No entanto, eu nunca tinha certeza de se a voz estava bem colocada. Eu estava com a cabeça em outro lugar, querendo cantar melhor o mais rápido e não me atentava aos detalhes.

Um belo dia, comecei a me gravar e tentar decifrar o que era necessário melhorar ali. Obviamente, era a colocação. Eu precisava de uma vez por todas ajeitar isso. Foquei com toda a minha atenção e meus esforços em tudo o que havia aprendido com os meus professores. Naquele dia, consegui arrumar a minha colocação para sempre. Eu entendi o que precisava focar no meu corpo e então, automatizei, repetindo muitas vezes. Foi libertador.

Foque no seu aquecimento, no que você realmente precisa melhorar na voz, e trabalhe isso de maneira consciente, para conseguir aplicar na prática em suas músicas.

3- Busque o autoconhecimento 

Esse eu acredito ter sido um dos fatores mais importantes para mim, que tinha muita dificuldade em entender como meu corpo precisava trabalhar. Mas ainda assim, o que me ajudou mais, foi quando comecei a me conhecer melhor, minhas fraquezas e meus pontos fortes.

Quando descobri o que podia melhorar e ter mais resultados, mergulhei ali. Os pontos fortes devem ser sempre valorizados e usados para ganharmos mais força e foco. As fraquezas também devem ser trabalhadas, mas sempre valorizando as conquistas.

Cantar é um presente que ganhamos da natureza. Conhecer a si mesmo e o próprio corpo é essencial para entrar em contato com essa natureza. Foque em resultados e tenha muito mais ganhos!

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Decifrando a partitura de violão clássico

Segundo post sobre leitura de violão clássico e hoje retomaremos alguns conceitos e acrescentaremos o que for pertinente. Veja nossos outros conteúdos sobre leitura de violão:




Hoje analisaremos a partitura "Andante" de M. Carcassi. Veja abaixo (clique na imagem):


A partitura não possui nenhuma alteração na armadura de clave, então as notas são naturais, mas há acidentes ocorrentes a partir do compasso 2. A fórmula de compasso é 2/4. No último compasso, podemos confirmar a tonalidade, Lá menor, já que termina neste acorde e Lá menor é a tonalidade que não possui alterações na armadura de clave. Veja nosso post Campos harmônicos menores.

O sol# do segundo compasso faz parte da escala de lá menor harmônica. Essa nota serve para acrescentar muita tensão aos trechos onde aparece. 

No terceiro sistema (linha), terceiro compasso, a nota dó# surge como nota de passagem do Dó para o Ré (acompanhe a voz da melodia na partitura). Atenção aos sinais de bequadro, que anulam os acidentes.


No quarto sistema, compasso 1, a nota ré# também aparece como nota de passagem, do Ré para o Mi.

Verificamos que a melodia e acompanhamento estão distribuídos em 2 vozes, a melodia estando na voz de cima (hastes das figuras para cima) e o acompanhamento na voz de baixo (hastes das figuras para baixo). É muito importante respeitar os tempos das vozes precisamente. Às vezes ocorre da voz se desdobrar em 2, tendo como função tanto de melodia como de acompanhamento, como acontece no quinto sistema compasso 2. 

A subdivisão da música é binária, apresentando colcheias na maior parte do tempo como impulsionadoras do ritmo. Veja Como tirar músicas de ouvido - subdivisões.

Essas colcheias ajudam e muito a distribuir os tempos das vozes e manter o ritmo da música. Pensar em colcheias todo o tempo faz ganhar tempo na leitura rítmica. Em momentos de pausas, também é aconselhável ter em mente as colcheias.

A parte técnica é usar polegar para os baixos e dedos indicador, médio e anelar para a melodia/acompanhamento, sempre escolhendo as opções mais confortáveis do ponto de vista técnico e o bom senso.

Agora que já foi dado o primeiro passo para compreensão da partitura, podemos começar a fazer a leitura lentamente, priorizando a técnica e ritmo, fazendo a música tomar forma. Bons estudos!

Para dúvidas e aulas, contate-me pelo e-mail ligia_goncalves22@hotmail.com.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Como estudar canto de maneira estratégica e obter excelentes resultados

Se você quer desenvolver a sua voz e cantar muito melhor e com o mínimo de esforço, você está no lugar certo. Aqui vamos dar as melhores dicas de como desenvolver a sua voz e ganhar muita qualidade.

Cantar bem requer determinação, disciplina, foco e autoavaliação contínua. Como ter tudo isso em mente para conquistar nossos objetivos?

Determinação 

Você quer cantar melhor, certo? Se é assim, qualquer obstáculo que surja no caminho será ainda mais motivador para que você continue no caminho. As dificuldades trarão ainda mais energia e motivação para você.

Qualquer pedra no caminho é uma prova a ser superada e, muitas vezes, mais rápido do que você imagina.

Então, a cada vez que surgir algo que te faça sentir desconfortável, agradeça, pois é assim que crescemos e evoluímos cada vez mais.

Quando sentir dificuldade, grave-se, ouça -se. Busque relaxar o corpo e a mente. Tenha a certeza de que é um passo a mais e que cada milímetro percorrido vale muito.

Conforme a experiência vem sendo agregada, você vai conseguir identificar seus pontos fortes e os pontos que devem ser trabalhados. Você mesmo vai saber como melhorar. 


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Disciplina

A disciplina é outro ponto-chave para chegar à meta que você deseja. Estudar todos os dias vai trabalhar o seu corpo para que ele entenda como cantar de maneira confortável. Com o tempo, todo o corpo vai aprender a relaxar e trazer mais resultados com menos esforços.

Fazer exercícios com um propósito trará muito mais resultados do que simplesmente vocalizes que não tem fundamento. Saber os objetivos do exercício é extremamente importante, para levar o corpo ao estado desejado, que permita a emissão da voz com conforto e amplitude.

Entender a sequência da rotina de estudos também facilitará muito o processo, já que após um bom trabalho de aquecimento, relaxamento e técnica, o corpo vai responder muito melhor. E você poderá ajustar tudo que julgar necessário, saindo da monotonia e robotização que muitas vezes acontece, quando nos exercitamos sem entender ao certo a que isso nos levará.



Foco

Estar focado no que deseja desenvolver também é essencial. Com o objetivo em mente, você trabalha o que realmente precisa e colhe os resultados.

Como o foco todos os exercícios, preparação, treinamento e repertório são voltados a um objetivo, o que acelera e muito os resultados. Você estuda o que quer desenvolver com várias ferramentas e de diversas formas, então o cérebro entende o que você quer e os resultados aparecem.

Foque sempre em uma coisa de cada vez para facilitar a aprendizagem, você verá que é muito melhor.

Autoavaliação 

A autoavaliação deve ser constante e sempre valorizando os pontos positivos.

Você pode se gravar todos os dias durante o treino ou então uma vez por semana, se achar melhor. O importante é perceber o que está desenvolvendo e o que pode ser trabalhado com mais afinco. 

Aqui você deve ter uma audição mais racional, como se estivesse avaliando alguém. Foque na qualidade da voz, na projeção, na articulação, etc. Perceba o ponto que sente mais necessidade de melhorar e foque lá.

A cada passo dado, valorize a conquista e sinta-se crescendo!


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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Como desenvolver a leitura de partitura no violão e na guitarra

Se você está aprendendo violão ou mesmo se já toca há algum tempo, mas ainda tem dificuldade para aprender a leitura de partitura de forma prática e eficiente, após ler este post, você se surpreenderá ao ver como é fácil e rápido.


Confira nossos outros posts sobre o mesmo assunto, para complementar as informações:




Leia os posts acima com bastante atenção, para compreender os conceitos básicos e mais importantes. Aqui o que vamos focar é no desenvolvimento da leitura, em como estudar de maneira eficiente, para aprender a ler de verdade, com segurança e fluência.

O método que utilizo para a leitura é o Iniciação ao violão, de Henrique Pinto. Tenha-o em mãos.

Antes de começar, vamos dar algumas dicas para uma leitura mais eficaz.

1- Visualize a partitura, fazendo algumas análises, antes de começar a leitura no instrumento.
2- Imagine auditivamente a melodia e/ou o ritmo que está escrito.
3- Antes de tocar, saiba a localização destas notas no instrumento, para ganhar mais fluência.
4- Depois que começar a ler, faça a leitura religiosamente até o final, priorizando o ritmo à melodia.
5- Para cada exercício ou leitura, leia somente 2 ou 3 vezes, pois o cérebro consegue memorizar facilmente e se perde o valor do exercício, lembre-se que estamos desenvolvendo leitura.


O primeiro exercício utilizará o corda Sol. Serão as notas Sol (corda solta) e Lá (casa 2). As letras i e m representam os dedos indicador e médio, que trabalham alternadamente neste exercício. 

Exercite o comando dos dedos indicador e médio, tocando a corda solta e alternando i e m. Faça várias vezes.

Dê uma olhada geral no exercício todo e veja que só são utilizadas as notas Sol e Lá. Isso tem como objetivo fazer você trabalhar a leitura com apenas 2 notas, para uma boa assimilação.

No final de cada linha podemos observar o sinal de repetição, onde você vai retornar ao início da linha, tocar a linha novamente e, depois do sinal, finalizar na última nota, que é uma semibreve. 

Faça esses exercícios apenas algumas vezes e sinta como está a sua facilidade para ler.

Após se exercitar um pouco, você pode pegar o seu caderno pautado e criar outras variações, utilizando as mesmas notas. Você pode mudar as figuras rítmicas, a fórmula de compasso, utilizar pausas, dinâmicas, etc.


No segundo exercício, as notas utilizadas são as da corda Si. Nesta corda, primeira posição temos a nota Si (corda solta), nota Dó (casa 1) e nota Re (casa 3). Observe na partitura que os dedos da mão esquerda são correspondentes às casas (dedo 1 casa 1, dedo 3 casa 3).

Esse exercício traz mais possibilidades, por trabalhar 3 notas. Após fazer a leitura apenas algumas vezes, crie suas possibilidades no caderno pautado.

O terceiro exercício usa a mesma forma do exercício anterior, agora na corda Mi aguda. Nesta corda temos nota Mi (corda Mi aguda solta), nota Fa (casa 1) e nota Sol (casa 3).

Após o estudo deste último exercício, você pode novamente criar variações e, depois, criar exercícios utilizando 2 ou 3 cordas destas trabalhadas. São muitas possibilidades.

É muito importante você valorizar o estudo dessas leituras mais simples e criar muitas variações aqui. O cérebro assimila muito melhor quando você utiliza poucos recursos, mas de maneiras diferentes e desafiadoras.

Muito obrigada por ter lido o post até o fim, se precisar de ajuda ou se quiser marcar aulas comigo, é só entrar em contato pelo e-mail: ligia_goncalves22@hotmail.com

Até a próxima!



terça-feira, 19 de junho de 2018

Como montar acordes a partir das cifras sem decoreba

Os acordes podem parecer bicho de sete cabeças se você está começando a estudar música. A maioria das pessoas acaba memorizando-os, sem entender como é a estrutura dos mesmos. Isso pode ocasionar equívocos mais adiante, se não se desenvolve essa consciência.

Uma das vantagens de conhecer mais sobre os acordes é a possibilidade de fazer substituições quando conveniente. Você sabe qual acorde pode fazer em substituição a G#7(b13)? Se você conhece a estrutura e sua função, pode substituir de diversas maneiras, ou mesmo fazê-lo como é, mas sem precisar de nenhuma colinha, pois você mesmo sabe como distribuir as notas no seu instrumento.

Se você não sabe nada sobre o acorde que memorizou, corre o risco de confundir o acorde com outro parecido.  Ex: C7 confundir com C7M. Na cifra pode parecer que os acordes são semelhantes, mas eles possuem funções totalmente diferentes.

Enfim, é muito importante e eficiente ter conhecimento sobre os acordes, para tocar com mais segurança e propriedade. Com essa ferramenta, você abre caminho para muitas possibilidades, inclusive de arranjo.

Entendendo a base dos acordes

O primeiro passo para entender melhor sobre a formação dos acordes é enxergar a sua estrutura. Acordes são terças empilhadas. Veja:

Do Re Mi Fa Sol La Si = Do Mi Sol Si

O mesmo se dará a partir das outras notas:

Re Fa La Do
Mi Sol Si Re
Fa La Do Mi
Sol Si Re Fa
La Do Mi Sol
Si Re Fa La

Veja que existem apenas 7 possibilidades de empilhamento de terças. Se você tiver em mente estas possibilidades acima, será meio caminho andado para construir qualquer acorde que precisa. Saiba que as notas, uma vez empilhadas, podem aparecer em diversas ordens. Ex: Do Mi Sol Si ou Do Sol Mi Si ou Do Mi Si Sol, etc. O importante é que as notas foram empilhadas em terças e depois distribuídas de maneiras diferentes.

Já entendeu os 7 empilhamentos possíveis de acordes? Vamos entender a diferença entre os principais.

Acordes maiores e menores

Os acordes derivam das escalas, e os mais comuns são os maiores e os menores, que sustentam a maior parte das músicas.

Os acordes maiores são simbolizados pelas letras correspondentes às cifras e pela sétima, que pode ser maior ou menor. Exemplos:

C= acorde de Do maior
C7= acorde de Do maior com sétima menor
C7M= acorde de Do maior com sétima maior

Os acordes menores são simbolizados pelas letras correspondentes às cifras, por um "m" ao lado da letra e pela sétima, que também pode ser maior ou menor. Exemplos:

Cm= acorde de Do menor
Cm7= acorde de Do menor com sétima menor
Cm7M= acorde de Do menor com sétima maior

Como montar os acordes maiores e menores?

Digamos que você precisa agora, montar um acorde de Bbm. Como fazer isso?

Para começar, o primeiro passo é lembrar da base para a construção do acorde. Se é um acorde que começa pela nota Si, mesmo sendo bemol, usamos a estrutura do acorde de Si= Si Re Fa La.

O próximo passo é colocar o bemol na nota Si, já que é o acorde pedido. Sib Re Fa La. Como o acorde não pede 7, vamos eliminar a nota La.

Sib Re Fa

Agora, veja abaixo a formação de um acorde menor:

F                     3m                     5
 1 tom e meio          2 tons

F= fundamental(nota que dá nome ao acorde)
3m= terça menor
5= quinta justa

O que significa esta estrutura? 

Da fundamental para a terça menor há uma distância de 1 tom e meio. Da terça menor para a quinta acontece um intervalo de 2 tons.

Sabendo a estrutura, voltemos ao acorde como ele estava. Vamos calcular os tons e semitons entre as notas do acorde.

F                    3m                        5
Sib               Re                       Fa
       2 tons        1 tom e meio

Como tínhamos visto, da F para a 3m, seria necessário 1 tom e meio, e aqui contamos 2 tons. Basta então, corrigir a nota Re com um bemol.

F                           3m                     5
Sib                        Reb                    Fa
       1 tom e meio           2 tons

Veja como, corrigindo o Re, já resolvemos o intervalo da 3m para a 5. Acorde pronto!

Se o acorde menor possui esta estrutura, como é a estrutura do acorde maior? Justamente o inverso.

F                        3                           5
        2 tons            1 tom e meio     

3= terça maior

Ou seja, aqui da F para a 3, temos um intervalo de 2 tons e, da 3 para a 5, 1 tom e meio.

Viu como é fácil?

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Como ler partitura de violão clássico da maneira correta - parte 1

Hoje vamos nos aprofundar nos conceitos da leitura de partitura para violão clássico. Se você ainda tem dificuldades em ler notas, te sugiro conferir os posts abaixo, onde damos algumas dicas valiosas para realizar uma boa leitura.



A leitura de violão clássico 

A clave utilizada na leitura para violão é a clave de sol. Todas as partituras que você encontrar para violão estarão utilizando esta clave como referência.

Aqui, eu gostaria de recomendar um bom livro para estudar violão clássico do zero, que é o Iniciação ao Violão, de Henrique Pinto. É um livro que trabalha tanto a leitura quanto a técnica do violão erudito de maneira progressiva. Então, se você já quer praticar a leitura, procure esse livro. Vamos ver o primeiro e exemplo e as observações:

Neste exemplo, o primeiro que podemos notar é a indicação da letras p, i, m, a que correspondem a polegar, indicador, médio e anular. Essa é a indicação dos dedos da mão direita (para destros).

O segundo detalhe é o número 0 com um círculo em volta, do lado esquerdo da primeira nota do primeiro compasso. Quando aparece esse sinal, é um indicativo de que a nota está sendo tocada com corda solta.

O próximo ponto a ser observado aqui são os números que aparecem à esquerda das notas, porém, sem o círculo em volta como acontece no caso anterior. Veja que no segundo compasso aparece o número 1. Aqui é preciso ter atenção para evitar erros. Esse número é o indicativo do DEDO da mão esquerda que será utilizado para tocar determinada nota. Isso é independente da casa que será tocada, pois pode-se utilizar o dedo 1 para tocar qualquer casa, dependendo da posição que se está utilizando naquele momento. Nesse primeiro exercício, por ser para iniciantes, os dedos da mão esquerda geralmente vão coincidir com as casas. Ex: dedo 1, casa 1, dedo 2, casa 2, etc.

Vamos ver agora a questão da grafia musical utilizada para violão. Perceba que a primeira nota, com duração de mínima, está com a haste dividida para cima e para baixo. Você já havia percebido isso?

Isso passa um pouco despercebido pelos iniciantes na leitura do violão, mas significa simplesmente divisão de vozes. É como se houvessem 2 vozes cantando ao mesmo tempo, a voz de baixo, com a haste para baixo e a voz de cima com a haste para cima. Note que a voz de baixo, sendo mínima vai durar 2 tempos. Mas a mesma nota com a haste para cima e ligada às outras colcheias, tem a duração de colcheia na voz de cima. Por que? Isso acontece para que o tempo da voz de cima e da voz de baixo seja o mesmo, mas contrapondo-se. Como a fórmula de compasso é 2/4, precisamos da duração da mínima na voz de cima e também na voz de baixo. Na voz de cima, o tempo é preenchido com 4 colcheias.

Como você viu, é preciso manter os 2 tempos na voz de baixo, então, na hora de tocar este exercício, lembre-se de manter as notas dos baixos durante o compasso todo.

Exercite!

Agora que você conhece os primeiros passos para uma leitura de partitura de violão, procure exercitar com partituras simples, como esta. Busque outras partituras e analise todos esses conceitos.

Não subestime as partituras simples, use-as como base para seu desenvolvimento.

Espero que tenha gostado deste post, continue por aqui, pois traremos mais posts com conteúdos sobre leitura de partitura! Enquanto isso, confira também nosso vídeo:


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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Como tirar a voz da garganta em 3 passos simples

Cantar com conforto deve ser uma das metas a serem perseguidas pelo cantor iniciante, já que o começo é a base de tudo o que está por vir e a saúde vocal está em primeiro lugar.

Quando alguém diz que está sentindo que a voz está na garganta não é um pleonasmo, significa na verdade que está sentindo certo desconforto e cansaço nas pregas vocais, levando à fadiga e à dor. Precisamos estar todo o tempo atentos ao nosso corpo e sentir o que está acontecendo.

Se você sente que ao cantar determinadas notas no extremo agudo ou grave acontece um desconforto, significa que é necessário fazer ajustes para melhorar a colocação, antes que isso leve à outros problemas. Evite cansar a sua voz, pare e pense em como fazer de uma maneira natural e confortável.

Aqui eu vou dar 3 passos simples para você melhorar a sua colocação agora mesmo e ganhar consciência e conforto ao cantar. Você pode repetir esses passos sempre que quiser, e assim dominar a colocação correta da voz.



1- Exercícios de relaxamento

É muito importante colocar na sua rotina os exercícios de relaxamento, principalmente se você é iniciante e ainda não consegue relaxar o corpo durante o canto. 

Faça alongamentos nos braços, ombros e pescoço. Faça auto-massagem nos ombros. 

Um bom exercício de relaxamento para a garganta é o bocejo. Provoque bocejo algumas vezes, é muito relaxante.

Relaxe a mandíbula com o exercício de mastigação exagerada. Feche e abra a boca algumas vezes.

Após esses exercícios, feche os olhos e perceba como o seu corpo está. Sinta a sua respiração e detecte se ainda há alguma tensão. Se houver, faça o exercício correspondente para relaxar a parte do corpo que está tensa.

2- Lax Vox

Lax vox é uma ferramenta terapêutica criada pela fonoaudióloga Marketta Sihvo para melhorar a ressonância e fluxo de ar.

Consiste em utilizar uma garrafinha de plástico com água até a metade e, com um canudinho(tubo de silicone), soprar de maneira estável, formando bolhas na superfície da água. Parece brincadeira de criança, mas os resultados são muito bons.

Você pode criar variações desse exercício, fazendo aquecimentos enquanto produz as bolhas. 

Pontos importantes:

>Verifique a sua postura corporal durante o exercício.
>Mantenha o apoio correto. 
>Relaxe a boca e os lábios. 
>Respire sempre pelo nariz. 

Outra possibilidade é cantar enquanto produz as bolhas, com pausas entre as frases.

Essa ferramenta tem a vantagem de ser super simples e de fácil aplicação, colocando o aparelho fonador para trabalhar da maneira correta, automatizando a colocação adequada, além de ser super relaxante. Não há grandes segredos, crie suas rotinas com o lax vox e sinta os benefícios do método.

3- Faça bons aquecimentos

Os exercícios de vibração de lábios e língua são os melhores aquecimentos. Além de aquecer a voz, relaxam a musculatura e promovem a colocação correta.

Para fazer esses exercícios de maneira adequada, procure sempre uma boa postura corporal e apoio correto. Mantenha a laringe estável durante o exercício.

Outro exercício muito utilizado é o exercício humming, que consiste em sonorizar com a boca fechada.

Veja os exercícios de aquecimento exemplificados no nosso vídeo:


Espero que este post tenha trazido alguns insights para você, que quer melhorar a sua voz e cantar com mais confiança. Se você quer um método passo-a-passo, sugiro que confira o curso Os Pilares do Canto. Bons estudos!